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Investimentos

08 de Junho de 2023 as 03:06:53



GPA Grupo Pão de Açúcar - Resultado 1T23: Piora na comparação anual, mas superior às projeções


 
GPA Grupo Pão de Açúcar - Resultado 1T23
Misto; piora na comparação anual, mas superior às projeções. 
 
Por Georgia Jorge, CNPI-P
 
O Grupo Pão de Açúcar reportou resultados mistos no 1T23. Apesar das vendas e da rentabilidade seguirem pressionadas, em especial nos formatos Mercado Extra e Compre Bem, houve melhora sequencial ante os trimestres imediatamente anteriores e uma surpresa positiva em relação às nossas estimativas.
 
Desempenho das Ações.
 
As ações PCAR3 acumulam queda de 14,7% desde o início do ano, com o fraco desempenho do 4T22 – divulgado em 28/02 – pesando sobre a performance das ações. No momento, ficamos satisfeitos com a melhora observada nos indicadores, que vieram acima das nossas projeções e mostraram que as inciativas conduzidas pela gestão têm surtido efeito, ainda que incipiente. 
 
Contudo, entendemos que o caminho ainda é bastante longo para que o Grupo entregue rentabilidade e, até vislumbramos melhores indicadores nos formatos main stream (Mercado Extra e Compre Bem), preferimos manter nossa recomendação em Venda e preço-alvo para o final de 2023 em R$ 14,00.
 
Desempenho econômico-financeiro
 
A receita líquida atingiu R$ 4,5 bilhões, crescimento de 15% na comparação anual e pouco acima das nossas estimativas (+4,4% r/e). Enquanto as vendas mesmas lojas contribuíram com alta de 6,3% para as vendas totais, a abertura líquida de 60 lojas nos últimos 12 meses foi responsável pelo restante do crescimento. 
 
A respeito das vendas mesmas lojas, o formato que se destacou foi o de proximidade, com SSS vindo em 12,4%, enquanto o Mercado Extra/Compra Bem teve um uma alta pouco expressiva de 2,2%. Vale pontuar que, dentre as aberturas nos últimos 12 meses, os formatos mais rentáveis para o Grupo foram priorizados, com a adição de 35 unidades do Minuto Pão de Açúcar e 14 unidades do Pão de Açúcar.
 
Já o lucro bruto somou R$ 1,1 bilhão, equivalente a uma margem bruta de 24,4%, 2,5 p.p. inferior a/a, mas acima das nossas estimativas (+1,2 p.p. r/e). A queda de margem deveu-se à alta da inflação no custo das mercadorias e dificuldade no repasse para os clientes, além da necessidade de reposicionamento das bandeiras. Vale observar, contudo, uma melhora sequencial de margem em comparação aos trimestres imediatamente anteriores.
 
A queda de margem bruta foi compensada parcialmente pela menor participação das despesas com vendas, gerais e administrativas como percentual da receita líquida em 0,8 p.p. a/a, com a redução vindo da reestruturação dos hipermercados e da eficiência capturada em despesas de operação.
 
Com isso, a margem EBITDA atingiu 5,0%, -0,8 p.p. a/a e +1,2 p.p. r/e.
 
A perda de margem operacional foi acentuada pela piora do resultado financeiro líquido negativo (+1,3 p.p. a/a enquanto percentual da receita líquida), diante da elevação dos juros no período.
 
Com isso, o Grupo reportou um prejuízo de R$ 315 milhões em operações continuadas. Apesar do resultado negativo, nossas projeções contemplavam um prejuízo ainda maior ao observado, em função de uma alíquota de IR e CSLL menos favorável.
 
Em relação à alavancagem financeira, pontuamos que a dívida líquida atingiu R$ 3 bilhões, queda de R$ 1,7 bilhão na comparação anual, e correspondeu a 1,25x o EBITDA ajustado dos últimos 12 meses, ante 1,34x no 1T22.
 
Já em relação ao fluxo de caixa, vale observar que as atividades operacionais consumiram R$ 1,4 bilhão, enquanto as atividades de investimento consumiram R$ 430 milhões. Ao todo, houve um consumo de caixa livre da ordem de R$ 1,8 bilhão no trimestre, ante um consumo de R$ 3,2 bilhões no mesmo período do ano anterior.
 
Em relação aos investimentos, o capex totalizou R$ 261 milhões, ou 5,8% da receita líquida, ante 6,1% no 1T22. Os recursos foram divididos entre novas lojas (37%), reformas (32%) e TI, Digital e Logística (31%).
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por
GEORGIA JORGE, CNPI-P, analista do BB Investimentos.

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GEORGIA JORGE, CNPI-P, analista do BB Investimentos





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